Vane debate com trabalhadores e dirigentes o futuro da Emasa
As quatro propostas selecionadas no âmbito do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para melhorar a qualidade de serviços oferecidos pela Emasa, com alternativas de investimentos no saneamento básico de Itabuna, foram debatidas hoje, 17, pelo prefeito Claudevane Leite, durante reunião que comandou com a Comissão Especial da PMI, com o presidente da Emasa, Ricardo Campos, e com representantes dos trabalhadores da empresa.
De acordo com Vane, o encontro serviu, sobretudo, para consolidar o processo de transparência em todos os passos que vêm sendo dados pela administração municipal para viabilizar a melhoria do serviço e promover avanços tecnológicos da empresa, com resultados positivos no fornecimento de água e esgoto para a população de Itabuna.
“São medidas para resolver, em definitivo, o déficit na captação, tratamento e distribuição de água, sanear a Emasa e ampliar o número de bairros atendidos com rede de abastecimento de água e de esgoto e pavimentação”, assegura o prefeito de Itabuna. “Iremos optar pela proposta que, de fato, beneficie os trabalhadores e a população de Itabuna”, completa.
Em janeiro deste ano, o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, determinou a publicação de um Chamamento Público para Procedimento de Manifestação de Interesses (PMI) visando a realização de estudos que demonstrassem a viabilidade técnica e econômico-financeira da Emasa. O objetivo é dar uma nova modelagem jurídica e institucional à empresa, adequada para subsidiar a implantação de um novo modelo de gestão dos serviços públicos de saneamento básico. Quatro empresas se apresentaram como interessadas.
Hoje, em virtude de uma grave crise hídrica que assola todo o sul da Bahia, Itabuna vive um momento delicado no que diz respeito ao seu abastecimento d’água. O Procedimento de Manifestação de Interesse, na opinião do prefeito, vai assegurar intervenções e medidas de alto custo que possibilitarão, à médio e longo prazos, restabelecer a normalidade do sistema.
Ao assumir a Prefeitura de Itabuna, o atual prefeito encontrou a Emasa falida, com mais de R$ 20 milhões em débitos com a concessionária de energia elétrica, pendências junto ao INSS, PIS/PASEP e FGTS, salário dos servidores atrasados, dívidas com fornecedores (a apenas uma empresa mais de R$ 2 milhões), oito anos em débito com aluguéis de imóveis, inclusive de sua sede administrativa, e uma cidade sem nenhum percentual de esgoto tratado.
Atualmente 25% do que a empresa arrecada e que poderiam estar sendo aplicados em novos investimentos são utilizados para pagar débitos de administrações passadas.
Ao lembrar que a cidade sente, mais uma vez, o drama da falta de água, Vane salientou que se trata de um problema antigo. Tão antigo quanto à necessidade de investimentos no sistema público de água e esgoto do município. “A falta d’água, além de atingir a população, compromete novos investimentos públicos e privados, e o funcionamento das indústrias instaladas na cidade, por exemplo” disse recentemente.
Vane salienta que, desde o início do mandato, a atual gestão buscou recursos federais para investir no setor. “Apresentamos diversos projetos em Brasília, mas não conseguimos sensibilizar as autoridades para a importância deste investimento. Estamos trabalhando em novos caminhos”, sentenciou.
Em recente artigo publicado em diversos veículos de comunicação do sul da Bahia, Vane assegurou que a população de Itabuna pode ficar certa de que a melhoria do sistema de abastecimento de água e do saneamento é uma luta sem tréguas da atual administração até o último dia do seu mandato. “Como gestor de Itabuna tudo farei o que estiver ao meu alcance para que meu sucessor não passe pelo que estamos passando. E também para que, além de servir ao povo, ele possa dizer que a melhoria do sistema foi uma das relevantes prioridades de quem lhe antecedeu no Centro Administrativo Firmino Alves”, escreveu.